Leo Perutz (1884-1957), escritor austr&iacute;aco nasci&shy;do em Praga, matem&aacute;tico de profiss&atilde;o (cunhou com o seu pr&oacute;prio nome uma equa&ccedil;&atilde;o alg&eacute;brica), viveu em Viena em pleno apogeu da literatura centro--europeia, foi amigo de Kafka e Schnitzler e tornou-se mestre de Lernet-Holenia. De origens sefarditas, a ascens&atilde;o do nazismo e das suas leis raciais motivam a sua transfer&ecirc;ncia para Israel, onde a sua cultura de base germ&acirc;nica contrasta nitidamente com o sionismo reinante. Este afastamento da Europa dita em certa medida a sua relativa marginaliza&ccedil;&atilde;o nas p&aacute;gi&shy;nas da literatura. Mestre de um tipo de fant&aacute;stico que entrela&ccedil;a precisas reconstru&ccedil;&otilde;es hist&oacute;ricas, retratos psicol&oacute;gicos inquietantes e atmosferas sombrias e barrocas, foi admirado por nomes como Jorge Luis Borges (que o considerou um &laquo;kafka aventuroso&raquo;), Italo Calvino e Graham Greene.
A obra de Perutz encontra-se praticamente in&eacute;dita em portugu&ecirc;s e inclui importantes romances como: Der Marques de Bolibar (O Marqu&ecirc;s de Bolibar) (1920) Turlupin (1924), O Cavaleiro Sueco (1936) e Nachts unter der steinernen Br&uuml;cke (De Noite Debaixo da Ponte de Pedra) (1953), muitos deles alvo de adapta&shy;&ccedil;&otilde;es cinematogr&aacute;ficas.

Leo Perutz

Leopoldo Lugones (Villa de Mar&iacute;a del R&iacute;o Seco, 1874 &ndash; Buenos Aires, 1938), &eacute; autor de v&aacute;rios volumes de prosa, onde se contam romances, ensaios, escritos pol&iacute;ticos, pe&ccedil;as de teatro e uma importante obra po&eacute;tica, que inicia com a publica&ccedil;&atilde;o de Las Monta&ntilde;as del Oro, em 1897, e se imp&otilde;e com Lunario Sentimental, de 1909, Odas Seculares, de 1910, ou, em tom &eacute;pico, Romancero, de 1924.
Nos seus contos, inclu&iacute;dos nos volumes As For&ccedil;as Estranhas, de 1906, e Cuentos Fatales, de 1926, exp&otilde;e a crise de consci&ecirc;ncia religiosa, o cientificismo ou o elogio do decadentismo de finais do s&eacute;culo, convertendo-se no grande precursor da literatura fant&aacute;stica na Argentina. A par da sua atividade liter&aacute;ria, Lugones desempenhou um papel ativo na vida social e pol&iacute;tica do seu pa&iacute;s. Foi diretor, de 1915 at&eacute; &agrave; sua morte, da Biblioteca Nacional de Maestros em Buenos Aires e, em 1928, fundou a Sociedade Argentina de Escritores.
O seu pol&eacute;mico percurso pol&iacute;tico, de cariz nacionalista, levou-o a tomar posi&ccedil;&otilde;es extremas, primeiro professando o ideal socialista, mais tarde dando o seu apoio ao golpe que, em 1930, instaura uma ditadura no seu pa&iacute;s. Viria a falecer suicida.

Leopoldo Lugones

Lev Nikolayevich, Conde Tolstoi (1828-1910), &eacute; o autor de obras como Guerra e Paz, Ana Karenina ou A morte de Ivan Ilich e Sonata a Kreutzer, e um dos escritores mais lidos no mundo. Foi tamb&eacute;m um dos pensadores sociais mais influentes do seu tempo, gozando na R&uacute;ssia da &eacute;poca de uma popularidade que rivalizava com a do pr&oacute;prio Czar. Convencido, tal como Rosseau, seu mestre, que a sociedade corrompe o Homem, imp&ocirc;s-se desde jovem um programa pessoal de aperfei&ccedil;oamento das suas capacidades morais e intelectuais com o objectivo de operar sempre o Bem. Esta sua vis&atilde;o da vida est&aacute; bem patente nas suas personagens e descri&ccedil;&otilde;es ficcionais, sempre submetidas a uma lente moral.

Lev Tolstoi

Ludovico&nbsp;Ariosto&nbsp;nasceu em Reggio Emilia em 1474 e morreu em Ferrara em 1533. Ao servi&ccedil;o da rica corte dos d'Este tornou-se, ainda em vida, num dos mais renomados autores do Renascimento italiano. Escreveu para o teatro diversas trag&eacute;dias (Trag&eacute;dia de Tisbe, La Cassaria, I Suppositi) e com&eacute;dias (Lena, Il Negromante) e foi igualmente autor de v&aacute;rias obras de poesia l&iacute;rica e sat&iacute;rica; por&eacute;m, ser&aacute; ao seu poema &eacute;pico Orlando Furioso - obsess&atilde;o de uma vida, escrito ao longo de mais de trinta anos e publicado, na sua vers&atilde;o final, em 1532, com 46 cantos e cerca de 40 000 versos rimados -, que ficou a dever a sua gl&oacute;ria e lugar de destaque no pante&atilde;o da literatura universal.

Ludovico Ariosto

Luigi Pirandello (1867-1936), Pr&eacute;mio Nobel de Literatura em 1934, nasceu em Agrigento, na Sic&iacute;lia, transferindo-se mais tarde para Roma, onde deu in&iacute;cio &agrave; sua carreira liter&aacute;ria. &Eacute; autor de uma vasta e variada obra, centrada na tem&aacute;tica da identidade e numa singular vis&atilde;o do mundo, fortemente ir&oacute;nica e sat&iacute;rica. Escreveu um grande n&uacute;mero de novelas, coligidas sob o t&iacute;tulo de Novelle per un anno (ao todo 15 volumes de 1922 a 1937); sete romances, entre os quais figura o c&eacute;lebre O Falecido Mattia Pascal (1904); e in&uacute;meras pe&ccedil;as teatrais, reunidas sob o t&iacute;tulo program&aacute;tico Maschere Nude (1918-1937) e entre as quais se incluem Sei Personaggi in Cerca d&rsquo;autore (1921) e Questa sera si recita a soggeto (1930).
A obra de Pirandello &eacute; uma das mais representativas da literatura moderna e foi influ&ecirc;ncia decisiva para autores como Jean-Paul Sartre, Samuel Beckett, Eug&egrave;ne Ionesco, Jean Genet ou Eugene O&rsquo;Neill.

Autores

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Leopoldo Lugones

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Luigi Pirandello